É extremamente comum encontrarmos entretenimento infantil nas plataformas digitais; e os pequenos sabem muito bem disso. Aliás, na atual geração, os jogos, aplicativos, músicas, desenhos e até realidade virtual já fazem parte da rotina. Nossas crianças se familiarizam rapidamente aos gadgets, sejam celulares, tablets, laptops ou desktops, pois já nascem inseridos nesta cultura.
Deixar ou não deixar as crianças livres para se divertirem no universo digital? A questão levanta polêmicas, pois, de fato, deixar uma criança de frente para qualquer telinha pode ser prejudicial. É preciso educá-las com bom-senso e sabedoria, mostrando os limites saudáveis deste tipo de “passatempo”. Para ajudar as famílias a apresentarem tais entretenimentos da maneira mais adequada e proveitosa possível, preparamos algumas dicas!
Como controlar o entretenimento digital infantil e usá-lo a favor da família:
- Estabeleça limites, por mais que haja choro, sua palavra como mãe, pai ou responsável deve prevalecer. As crianças precisam aprender a lidar com “nãos” e com frustrações, faz parte do crescimento e elas aprenderão mais rápido do que se imagina.
- Libere o celular, o tablet, a TV ou o computador nos momentos mais adequados e o mínimo possível. Quando seu filho estiver grandinho, passará muitas horas diante destas telas por conta própria.
- Desenhos agitados antes de dormir podem atrapalhar o sono.
- Muitas horas na frente da TV podem também atrapalhar a concentração do dia-a-dia. As telas apresentam muitos “frames” por segundo, fazendo com o que o cérebro infantil, tão imaturo, se acostume a absorver infinitas informações a cada milésimo de segundo, o que muitas vezes resulta em pensamento acelerado e agitação.
- Configure seus aplicativos corretamente. Existem restrições para contas com perfis infantis que podem auxiliar bastante, além de filtrarem os conteúdos vistos por seus filhos.
- Cuidado com a publicidade digital. Seu filho pode estar até consumindo um conteúdo infantil, mas a publicidade que foi exibida a ele foi adequada?
- Ainda sobre a publicidade: se atente aos vídeos “não publicitários”, mas que escondem (ou que nem fazem questão de esconder) a publicidade. Os “unboxing” (vídeos em que os usuários abrem, testam e brincam com os produtos/brinquedos) podem ser bons exemplos disso.
- Redes Sociais? Não libere muito cedo. Não existe uma idade ideal e é você quem precisa controlar o perfil dos filhos nestes canais desde o início. Quanto mais tarde melhor, sempre com acompanhamento e, se possível, ativando perfis privados.
- Cuidado com redes sociais que permitem anonimato, como Ask.fm.
- Não proiba em excesso, pois desta maneira acabamos incentivando o uso “escondido”. A proposta aqui é gerar famílias saudáveis e transparentes.
Algumas opções de entretenimento digital infantil com “Perfil Kids”, que colaboram para um ambiente mais controlado, são:
- Deezer, para os maiorzinhos. Um app de músicas que, ativado o perfil kids, oferece um catálogo restrito de canções.
- Na primeira versão deste post, havíamos indicado o YouTube Kids, que também oferece a possibilidade do controle parental sobre os conteúdos assistidos pelas crianças, além de controle sobre o tempo de navegação. Diante das últimas notícias a respeito das mensagens escondidas em diversos vídeos da rede, queremos deixar um ALERTA: monitorem o tempo todo e, se possível, não os deixem ter acesso a plataforma neste momento. Há relatos de que até mesmo a versão Kids conta com vídeos que espalham conteúdos perturbadores, mensagens ameaçadoras e que incitam violência e suicídio. É provável que a plataforma esteja tomando as devidas providências para que tais vídeos sejam removidos, mas, por enquanto, alerte seus filhos e familiares.
Além disso, quando o assunto é “jogo”, escolha aqueles que se enquadram na faixa etária da sua criança. Existem diversas opções completamente lúdicas e educativas, mas é preciso escolher bem. Alguns aplicativos de jogos podem facilitar até mesmo o aprendizado em línguas estrangeiras, como é o caso do Learn English For Kids, do Papumba Inglês para Crianças, do FunBrain, Alphabet Zoo, Farm 123, Busuu Inglês para Crianças, One More Story e tantos outros. Sem contar a infinidade de apps para colorir, aprender a contar, aprender o alfabeto ou conhecer o corpo humano.
Recomendação de tempo de telas:
A Academia Americana de Pediatria atualizou, em meados de out.2016, as recomendações quanto ao uso das telas. Confira:
- Bebês: nenhuma exposição.
- 18 meses a 5 anos: uso limitado de 1 hora por dia, de programação de qualidade e apropriada à idade. Sempre priorizando atividades interativas que promovam recreação.
- Acima dos 6 anos: cabe aos pais, mas sempre com monitoramento.
Aqui na escola O Pequeno Polegar nós também utilizamos tecnologias digitais para acelerar a aprendizagem em determinados momentos, pois tais recursos ampliam as oportunidades de ensino, preparando os alunos para o universo 3.0 (a terceira geração da internet, com conteúdos organizados e inteligentes) que terão de enfrentar lá fora.
Deixamos claro que nenhuma das plataformas digitais é 100% segura. Todas exigem o acompanhamento de um adulto responsável que esteja sempre de olho no conteúdo que tem sido consumido. Ou seja, os meios contam com o “esforço humano” para combater possíveis falhas. A responsabilidade continua sendo nossa, ok papai e mamãe? A tecnologia é grande aliada e necessária, mas o brincar junto, lá fora ou o tempo com a família e amigos continuam sendo as melhores escolhas, principalmente na infância.
Post atualizado em 18/03/2019
